sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Magia de Rabiola, dá 3 pontos ao F. C. Porto

(imagens: fcporto.pt)



Crónica

Líder da Liga, nos «oitavos» da UEFA Champions League, nos «quartos» da Taça de Portugal, o F.C. Porto apresentou uma outra versão de si próprio e entrou na Taça da Liga a vencer, surpreendendo também pela validade e pela diversidade de recursos de uma variante que mantém a ambição como dado intocável e se alarga na inspiração de Rabiola e Diogo Viana. Por isso, o Setúbal não resistiu.

Com um elenco profundamente alterado, num figurino alternativo e inédito que preservou apenas Pedro Emanuel e a estrutura, a iminência do golo levou mais tempo a fazer-se anunciar. Excedeu prazos habituais para refinar automatismos e acelerar transições, mas apresentou-se igualmente letal, depois de apurada num natural exercício de persistência e perícia.

Guarin orquestrava o assédio, arriscando cambiantes de escape ao cerco setubalense, especialmente numeroso e compacto na zona de construção portista, quando o motivo de aplauso surgiu do ponto mais improvável, onde Ventura impressionava com uma defesa brilhante, num misto de arrojo e instinto.

No extremo oposto do relvado, para onde apontava o campeão e o jogo, a resposta portista fez-se numa
ameaça velada de Mariano, reduzida à condição de prenúncio por uma questão de centímetros. O golo aconteceria pouco depois, quando Farías, movido por uma intuição habitualmente adjudicada aos pontas-de-lança genuínos, não precisou que a bola tocasse no chão para aproveitar a defesa incompleta de Bruno Vale, num pressentimento que confirmou de imediato e de cabeça.

Guarin demonstraria, na sequência de uma iniciativa individual, que o jogo merecia um segundo golo dos Dragões ainda antes do intervalo, mas seria o Setúbal a marcar, já para lá do
reatamento, na transformação de uma grande penalidade cobrada por Leandro Lima.

Dois livres, batidos, cada um na sua vez, por Mariano e Pelé, provavam que o F.C. Porto dispensava a pausa para se recompor e acelerar a reaproximação à vitória, confirmada num cabeceamento imparável de Rabiola a cruzamento irrepreensível de Diogo Viana, que, mais tarde, ofereceria, no mesmo género de assistência, o golo a Stepanov, inesperadamente negado por Janício, já sobre a linha de baliza.

FICHA DE JOGO

Taça da Liga, 1ª jornada, 3ª fase

8 de Janeiro de 2009

Estádio do Dragão, no Porto

Assistência: 12.219 espectadores
Árbitro:
Artur Soares Dias (Porto)

Assistentes:
Rui Licínio e João Silva

4º árbitro:
Vasco Santos


F.C. PORTO: Ventura; Sapunaru, Stepanov, Pedro Emanuel «cap» e Benítez; Tomás Costa, Pele e Guarin; Candeias, Farias e Mariano Substituições: Candeias por Rabiola (67m), Tomás Costa por Diogo Viana (73m) e Mariano por Josué (87m) Não utilizados: Nuno, Ivo Pinto, Dias e Sérgio Oliveira Treinador: Jesualdo Ferreira

V. SETÚBAL:
Bruno Vale, Janíci
o, Robson, Auri e Cissokho; Ricardo Chaves; Elias, Sandro «cap» e Bruno Ribeiro; Leandro Lima e Leandro Branco Substituições: Sandro por Bruno Gama (46m), Bruno Ribeiro por Mateus (78m) e Leandro Branco por Carrijo (81m) Não utilizados: Pedro Alves, Laionel, André Marques e Anderson Treinador: Daúto Faquirá

Ao intervalo:
1-0
Marcadores: Farias (31m), Leandro Lima (g.p., 61m) e Rabiola (77m)
Disciplina: cartão amarelo a Robson (71m), Sapunaru (74m) e Guarin (85m)
( In: fcporto.pt )


Avaliações: (7) Marcou um golo decisivo, de cabeça, que o recompensa pelo calvário que atravessou, depois da rotura de ligamentos sofrida na época passada. Oportuno e atento à movimentação de Diogo Viana, só teve de encostar a cabeça para o golo.
( In: ojogo.pt )




« Parabéns, RABI! »

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Declarações de Rabiola, no final do jogo:


Satisfeito pela sua estreia a marcar em jogos "a sério", mas com os pés bem assentes na terra. Foi assim, com um discurso sereno apesar dos seus 18 anos, que Rabiola comentou aos microfones da SIC a respectiva prestação no triunfo (2-1) do FC Porto diante do Vitória de Setúbal, em embate respeitante à primeira jornada do Grupo A da terceira fase da Calrsberg Cup. "Foi uma estreia positiva. Depois de ter estado tanto tempo parado, devido a lesão, é sempre bom poder jogar e marcar. Mas, o essencial, era ajudar a equipa a vencer", começou por afirmar Rabiola. "O treinador pediu-nos para jogar simples, de modo a fazermos aquilo que sabemos", acrescentou. Sobre o lance do golo, Rabiola fez questão de explicar a chave do sucesso. "Vi o Diogo com a bola e antecipei a jogada. Ele colocou a bola no local onde estava e fiz o golo. Se foi especial? Foi apenas mais 1 golo...", atirou.
( In: record.pt )


1 comentário:

tua fa nº1 disse...

és o melhor jogador do mundo
craque craque muito craque
inda has-de marcar muitos